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Esse artigo tem um gostinho especial para mim. Por duas razões: primeiro, porque é meu primogênito (e deu trabalho como tal). Segundo, porque apesar de ser simples do ponto de vista científico, passa uma mensagem que me agrada muito. Vamos lá:

O que fizemos:

Analisamos as 2055 pacientes pós-parto atendidas na Michigan Healthy Healing After Delivery. Dessas, 252 estavam ali por queixa de dor, das quais 18 persistiram com a queixa por mais de 6 semanas após o parto e para as quais foi solicitada ressonância magnética de pelve.

Resultados:

Das pacientes com dor por mais de 6 semanas e que realizaram ressonância, quase todas (94%, ou 17 das 18) tinham lesões em músculos, articulações ou ossos que justificavam sua dor, incluindo casos de fratura.

Observação:

Pode parecer assustador que um “simples” parto possa causar fratura da pelve, por exemplo. Mas repare que são raros casos! Analisamos 2055 mulheres das quais somente 18 tinham uma dor inexplicada e precisaram fazer ressonância. E as 2055 já tinham maior risco porque estavam ali justamente por ter tido um parto mais complicado. Ou seja, para uma mulher que parássemos aleatoriamente na rua esse risco é muito baixo. O intuito desse artigo não é assustar mas sim alertar profissionais da saúde para essa possibilidade.

Mensagem final:

No pós-parto realmente a vida vira de cabeça para baixo e os hormônios se bagunçam. Mas cuidado para não usarmos isso como desculpa para minimizar as queixas dessas mulheres quando não encontramos de cara uma justificativa clínica. Encontrar a causa da dor legitima a queixa da paciente e por si só pode ser terapêutico.

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