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  • Dra. Fernanda Pipitone

2020, o ano em que ficamos em casa.

Atualizado: 29 de jan. de 2021

Ouvi dia desses que ficar em casa é como ficar em si mesma. E não parece haver melhor definição para o que foi meu 2020.


De tanto ficar em casa, você começa a reparar naquele canto escuro em que nunca bate sol. Naquela quina do chão que nunca foi limpa.


Repara também em como o sol entra lindo pela janela bem às três da tarde. E já que não tem jeito e vai ter que ficar em casa mesmo, você troca a poltrona de lugar para ler olhando o sol se pôr. Como nunca tinha feito isso antes?


Repara que faça chuva ou faço sol, a casa permanece em pé numa resiliência silenciosa. Mesmo que você não repare.


2020 me forçou a encher o dia de mim mesma. E a constantemente me lembrar da razão das minhas escolhas. Que rico e que difícil que foi.


2020 me disse que é preciso ser gentil consigo mesmo. Em um ano em que interagimos primariamente através das redes sociais, as expectativas se descolam da realidade com muita facilidade. É preciso gentileza ao olhar seus feitos e entender que era o que tinha para hoje.


2020 me obrigou a ficar em mim mesma. E de tanto vasculhar gaveta e fazer faxina, achei uma vontade de compartilhar conhecimento, de trocar experiências. Deixei de lado, peguei de novo, questionei, reformulei inúmeras vezes. E desse longo chocar, nasceu esse espaço. Sejam muito bem-vindas!


E seja bem-vindo, 2021! Que o novo ano venha fértil, venha gentil, venha coletivo.


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